sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

borboletas traiçoeiras

Não tinha bem a certeza se estava acordada ou a sonhar. Tudo indicava ser um sonho, desfocado, sem luz. Segui em frente pelo corredor, parecia nunca mais acabar. Eu nunca mais chegava lá. Tinha que ir lá, mas estava a ficar sem forças nas pernas. Quando estava quase e cair no chão, exausta, uma espécie de borboletas faz-me voltar a ganha forças que pensei não existirem. Mudei de rumo e segui as borboletas, pareciam levar-me a algo bom.
O caminho era  alegre, luminoso, e tinha um cheiro que me relembrava algo bom... um perfume leve, com um cheiro doce, e estranhamente ácido na mesma proporção. Ao olhar em volta  via filas com milhares de larvas, escuras, viscosas. Iam em sentido oposto ao meu e ao das borboletas.
Comecei novamente sentir as pernas a ficar sem força,  comecei a sentir náuseas. Mas as borboletas não me deixavam parar, eu tinha de continuar....
Acordei como se a minha cabeça tivesse servido de bola num jogo.  Não sei durante quanto tempo tinha estado ali, mas a borboletas tinham-me deixado. Eu estava no meio das larvas.
Eu devia saber, que não se pode seguir as borboletas, porque quando conseguir parar estarei no meio da larvas. Eu tinha sangue nas mãos, como no inicio. O sangue escorria da minha pele, das minhas velhas cicatrizes.

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